Calendário de vacinação do bebê
O calendário de vacinação do bebê inclui as vacinas que a criança deve tomar desde que nasce até aos 4 anos de idade, já que o bebê quando nasce não possui as defesas necessárias para combater infeções e as vacinas ajudam a estimular a proteção do organismo, diminuindo o risco de ficar doente e ajudando a criança a crescer saudável e a ter um desenvolvimento adequado.
Todas as vacinas do calendário são recomendadas pelo Ministério da
Saúde e, por isso, são gratuitas, devendo ser administradas na
maternidade ou num posto de saúde. A maioria das vacinas são aplicadas
na coxa ou no braço da criança e é fundamental que os pais, no dia da
vacina, levem a caderneta de vacinação para registrar as vacinas que
foram administradas, além de marcar a data da próxima vacinação.
Veja 6 boas razões para manter a caderneta de vacinação atualizada.
Vacinas que o bebê deve tomar
De acordo com o calendário de vacinação de 2020/2021, as vacinas
recomendadas desde o nascimento até os 4 anos de idade são:
Ao nascer
Vacina BCG: é administrada em dose única e evita as formas graves de
tuberculose, sendo aplicada na maternidade de costuma deixar uma
cicatriz no braço em que a vacina foi aplicada, devendo-se formar até
aos 6 meses;
Vacina da Hepatite B: a 1ª dose da vacina evita a hepatite B, que é
uma doença causada por um vírus, o HBV, que pode afetar o fígado e
levar ao desenvolvimento de complicações ao longo da vida, sendo
recomendada a sua administração nas primeiras 12 horas após o
nascimento.
2 meses
Vacina da Hepatite B: é recomendada a administração da segunda dose;
Vacina tríplice bacteriana (DTPa): primeira dose da vacina que protege
contra difteria, tétano e coqueluche, que são doenças causadas por
bactérias;
Vacina Hib: primeira dose da vacina que protege contra a infecção pela
bactéria Haemophilus influenzae;
Vacina VIP: 1ª dose da vacina que protege contra a poliomielite,
também conhecida por paralisia infantil, que é uma doença causada por
um vírus. Veja mais sobre a vacina contra a poliomielite;
Vacina contra o rotavírus: essa vacina protege contra a infecção pelo
rotavírus, que é uma das principais causas de gastroenterite nas
crianças. A segunda dose pode ser administrada até os 7 meses;
Vacina Pneumocócica 10V: 1ª dose contra doença invasiva pneumocócica,
que protege contra diversos sorotipos de pneumococos responsáveis por
doenças como meningite, pneumonia e otite. A segunda dose pode ser
administrada até os 6 meses.
3 meses
Vacina Meningocócica C: 1ª dose, contra Meningite meningocócica do sorogrupo C;
Vacina Meningocócica B: 1ª dose, contra Meningite meningocócica do sorogrupo B.
4 meses
Vacina VIP: 2ª dose da vacina contra a paralisia infantil;
Vacina tríplice bacteriana (DTPa): segunda dose da vacina;
Vacina Hib: segunda dose da vacina que protege contra a infecção pela
bactéria Haemophilus influenzae.
5 meses
Vacina Meningocócica C: 2ª dose, contra Meningite meningocócica do sorogrupo C;
Vacina Meningocócica B: 1ª dose, contra Meningite meningocócica do sorogrupo B.
6 meses
Vacina da Hepatite B: é recomendada a administração da terceira dose
desta vacina;
Vacina Hib: terceira dose da vacina que protege contra a infecção pela
bactéria Haemophilus influenzae;
Vacina VIP: 3ª dose da vacina contra a paralisia infantil;
Vacina tríplice bacteriana: terceira dose da vacina.
A partir dos 6 meses é recomendado também o início da imunização
contra o vírus da Influenzae, que é responsável pela gripe, devendo a
criança ser vacinada todos os anos durante o período de campanha.
9 meses
Vacina contra febre amarela: primeira dose da vacina contra a febre amarela.
12 meses
Vacina Pneumocócica: Reforço da vacina contra a meningite, pneumonia e otite.
Vacina Hepatite A: 1ª dose, sendo a 2ª indicada aos 18 meses;
Vacina Tríplice Viral: 1ª dose da vacina que protege contra o sarampo,
rubéola, e caxumba;
Vacina Meningocócica C: reforço da vacina contra a meningite C. Esse
reforço pode ser administrado até os 15 meses;
Vacina Meningocócica B: reforço da vacina contra a meningite do tipo
B, podendo ser administrado até os 15 meses;
Vacina contra a catapora: 1ª dose;
A partir dos 12 meses é recomendado que seja feita a imunização contra
a poliomielite através da administração oral da vacina, conhecida como
VOP, devendo a criança ser vacinada durante o período de campanha até
os 4 anos.
15 meses
Vacina Pentavalente: 4ª dose da vacina VIP;
Vacina VIP: reforço da vacina contra poliomielite, podendo ser
administrada até os 18 meses;
Vacina Tríplice Viral: 2ª dose da vacina, podendo ser administrada até
os 24 meses;
Vacina contra a catapora: 2ª dose, podendo ser administrada até os 24 meses;
A partir dos 15 meses, até os 18 meses, é recomendado o reforço da
vacina tríplice bacteriana (DTP) que protege contra a difteria, o
tétano e a coqueluche, e o reforço da vacina que protege contra a
infecção o Haemophilus influenzae.
4 anos
Vacina DTP: 2º reforço da vacina contra o tétano, difteria e coqueluche;
Vacina Pentavalente: 5ª dose com reforço de DTP contra tétano,
difteria e coqueluche;
Reforço da vacina contra a febre amarela;
Vacina contra a poliomielite: segundo reforço da vacina.
Em caso de esquecimento é importante vacinar a criança assim que for
possível ir no posto de saúde, além de ser fundamental tomar todas as
doses de cada vacina para o bebê ficar totalmente protegida.
Quando ir ao médico após a vacinação
Depois do bebê tomar uma vacina, é recomendado ir ao pronto socorro se
o bebê apresentar:
Alterações na pele como bolinhas vermelhas ou irritação;
Febre superior a 39ºC;
Convulsões;
Dificuldade para respirar, tiver muita tosse ou fizer barulho ao respirar.
Estes sinais geralmente surgem até 2 horas depois da vacinação podem
indicar reação à vacina. Por isso, ao surgirem os sintomas, deve ir no
médico para evitar o agravamento da situação. Além disso, também é
indicado ir ao pediatra caso as reações normais à vacina, como
vermelhidão ou dor no local, não desapareçam ao final de uma semana.
Veja o que fazer para aliviar os efeitos colaterais da vacina.
É seguro vacinar durante a COVID-19?
A vacinação é importante em todos os momentos da vida e, por isso,
também não deve ser interrompida durante momentos de crise como a
pandemia de COVID-19.
Para garantir a segurança de todos, estão sendo cumpridas todas as
regras sanitárias para proteger quem se desloca aos postos de saúde do
SUS para fazer a vacinação.
Dr.ª Sani Santos Ribeiro
Pediatra e Pneumologista infantil
Novembro 2020